Caros,
O artigo de Niall Ferguson, um dos grandes historiadores da atualidade, foi um despertar para os Intelectuais. Ou tentou ser. Foi publicado em 11 de dezembro de 2023 sob o título: The Treason of the Intellectuals. (https://www.thefp.com/p/niall-ferguson-treason-intellectuals-third-reich).
Ferguson ficou profundamente chocado não apenas com o ataque terrorista de 7 de outubro, mas com o subsequente posicionamento das universidades americanas, que justificaram e apoiaram o ataque, mesmo antes de qualquer reação israelense. Ferguson é um intelectual de renome que, há décadas, vive no ambiente de universidades, havendo publicado livros memoráveis: já o citei aqui em Notas anteriores, quando tratei da importância das Redes de Relacionamento (The Square and the Tower: Networks and Power, from the Freemasons to Facebook. Penguin Press, 2018).
Sim, Ferguson ficou profundamente chocado, pois o Sete de Outubro foi um ataque terrorista diferente, muito mais cruel do que qualquer outro, de uma maldade inédita, atingindo crianças, mulheres, velhos, pessoas indefesas, não por um efeito colateral do ataque, mas diretamente, e propositadamente. Como se o alvo fosse causar o mais imenso e mais inaceitável escândalo, a mais invencível indignação, e a reação mais brutal.
O homem mais forte, aquele acostumado às maiores durezas da vida, desviaria os olhos para outro lugar, porque há limite para a visão do mal.
Ferguson achou que haveria um enorme e unânime clamor contra tanta maldade. Não. Nas universidades americanas, o apoio ao ataque terrorista foi imensamente maior do que a comiseração pelas vítimas. Mesmo antes da esperada e brutal retaliação. Era como se as universidades dissessem: os judeus foram atacados e a culpa foi… dos judeus.
Nestas e em outras Notas vamos considerar o artigo e a visão proposta por Ferguson, com o foco no posicionamento das universidades americanas e seu significado, a luz da história.